Virando Inmõxã: uma análise integrada da cosmologia e do parentesco Maxakali a partir dos processos de transformação corporal

Autores

  • Marina Guimarães Vieira Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.18542/amazonica.v1i2.300

Resumo

A  cosmologia  e  o  parentesco  são  dois  importantes  campos  da antropologia que vêm sendo tratados como domínios estanques. Este é um ensaio etnográfco que tem como objetivo a realização de uma análise integrada da cosmologia e do parentesco dos índios Maxakali, através da descrição de processos de transformação corporal. Todos os seres habitantes do cosmos Maxakali possuem alma. Assim, a diferença entre as espécies ou grupos étnicos é  construída no  corpo. O processo de  construção da  condição humana e do parentesco é um só, e se dá através co-habitação, do assemelhamento corporal, da observação de resguardos e da relação ritual com os yãmiy, os espíritos. A quebra do resguardo, o consumo de cachaça ou do verme da taquara e a prática do incesto são vetores de transformação corporal que implicam na perda da condição humana, quando um maxakali desconhece seus parentes e passa a agir como inmõxã, o espírito ruim.  Palavras-chave: Maxakali, cosmologia, parentesco.

Biografia do Autor

Marina Guimarães Vieira, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil

Marina Guimarães VieiraDoutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ. marinagvieira@ig.com.br

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Publicado

2009-11-19

Edição

Seção

Artigos Originais