A resolução da violência pelo Estado reafirma o imaginário colonizador de que os povos indígenas não têm lei e nem ética, e se exige criminalização e pena de prisão para os indígenas. A pesquisa sobre violência sexual em Terras Indígenas no Vale do Guaporé, fronteira com a Bolívia, ocorreu através de análise de Inquéritos Policiais de denuncias de estupro, entrevistas e etnografia. Confirma o despreparo do Estado para a convivência plural e os limites biomédicos para questões de saúde coletiva. Através do conceito de interculturalidade se propõe uma Bioética Intercultural Crítica e Feminista que engloba idéias sobre o bem-estar e justiça.