OS BANCOS DE CERÂMICA MARAJOARA: SEUS CONTEXTOS E POSSÍVEIS SIGNIFICADOS SIMBÓLICOS

Autores

  • Daiana Travassos Alves Universidade Federal do Pará
  • Denise Pahl Schaan Universidade Federal do Pará, CNPq

DOI:

https://doi.org/10.18542/amazonica.v3i1.633

Resumo

Esse artigo apresenta um estudo sobre bancos da fase marajoara da tradição Policrômica da Amazônia, realizado a partir de dados obtidos durante escavações e análises de laboratório. Informações etnohistóricas e etnográficas são usadas para construir hipóteses sobre os possíveis usos e significados dos prováveis assentos circulares de cerâmica encontrados na ilha de Marajó, mas raros em outros contextos etnográficos e arqueológicos. A ausência de bancos nos contextos funerários é tida como indicação de seu uso mundano, ainda que possam ter sido usados em contextos rituais que não o funerário. O exame da iconografia desses objetos, onde predominam os motivos incisos que parecem imitar esteiras produzidas com fibras trançadas, sugere seu uso como assento. Finalmente, uma descrição etnográfica de uma cerimônia de castração feminina é apresentada, mostrando, o uso, nesse contexto, de quatro objetos exóticos e raros, mas que fazem parte da cultura material da fase marajoara. A analogia etnográfica, neste caso, traz novas possibilidades para entender os possíveis usos para os bancos de cerâmica marajoara. Palavras-chave: bancos de cerâmica, fase marajoara, arqueologia amazônica.

Biografia do Autor

Daiana Travassos Alves, Universidade Federal do Pará

Mestranda do Programa de Pós-Graduaçãoem Antropologia - PPGA/UFPABolsista Capes

Denise Pahl Schaan, Universidade Federal do Pará, CNPq

Vice-Coordenadora do Programa de Pós- Graduação em Antropologia - PPGA/UFPA Pesquisadora do CNPq

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Publicado

2011-11-08

Edição

Seção

Artigos Originais