"INDIGITADO ESTRUPÍCIO": ARQUEOLOGIA E SIGNIFICADOS ACERCA DO MURO DO FORTE DO PRESÉPIO (BELÉM, PA)

Autores

  • Rhuan Carlos dos Santos Lopes Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.18542/amazonica.v3i2.773

Resumo

Entre os anos de 1999 e 2002, o Forte do Presépio em Belém (PA),  foi alvo de pesquisas multidisciplinares voltadas ao seu restauro e adequação com vias à sua musealização na conjuntura do Projeto Feliz Lusitânia. Uma das ciências que se dedicou a essa investigação foi a arqueologia, tendo tido uma atuação significativa na condução desse projeto. Durante esse processo, uma questão tomou dimensões exteriores à pesquisa arqueológica: a derrubada de um muro que se afigurava entre a rua e a fortificação. Neste contexto, o muro foi considerado uma ";;fantasmagoria";; que impedia a antiga simbiose entre a fortaleza e a cidade. Contudo, a demolição da muralha foi uma decisão tomada à revelia da equipe de arqueologia, mas de acordo com os interesses estético-funcionais do plano museológico. Para justificar essa ação, uma série de atribuições de sentidos foram dadas ao referido artefato (";;indigitado estrupício”, “estrovenga";;, “aberração”). Isto posto, este  trabalho pretende debater dois aspectos: (a) os significados dados ao muro, entendido como artefato capaz de suscitar ";;maneiras distintas de ver e agir no mundo";;; e (b) o posicionamento efetivo da equipe de arqueologia diante da derrubada do muro.Palavras-chave: Antropologia da arqueologia, Forte do Presépio, patrimônio histórico.

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Publicado

2012-03-19

Edição

Seção

Artigos Originais