A Experiência Dolorosa
DOI:
https://doi.org/10.18542/complexitas.v1i1.4395Palabras clave:
Dor. Escalas. Psicofísica.Resumen
Nas últimas décadas, a temática da dor tem a atraído atenção de pesquisadores em filosofia da mente, e em diversas disciplinas científicas e tecnológicas. O objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão das principais escalas e métodos de avaliação da experiência dolorosa, no âmbito internacional, tendo em vista responder a indagações que permeiam a prática dos profissionais de saúde. Tais indagações questionam o conceito utilizado no cenário clínico de dor, a localização da experiência dolorosa, por ser um problema central na filosofia da mente, as contradições existentes na fisiopatologia da dor, em especial, nos mecanismos de analgesia, a intensidade e avaliação da experiência dolorosa por meio de escalas unidimensionais e multidimensionais da dor. Damos ênfase às existentes controvérsias sobre a fenomenologia da dor, em especial, às formas de avaliá-la nos cenários clínicos. O procedimento metodológico consistiu em adotar o Monismo de Duplo Aspecto e o Monismo Reflexivo como referenciais teóricos para a discussão. Argumenta-se que o fenômeno da consciência tem dois aspectos: um deles, abordável cientificamente, na perspectiva da terceira pessoa, e outro restrito à experiência individual, na perspectiva de primeira pessoa, para, então, discutir se as escalas de avaliação da dor abordam o fenômeno em questão de modo conceitualmente apropriado. Além disso, embasamo-nos em conceitos e metodologias da psicofísica para compreender o fenômeno da dor. Concluímos que os critérios utilizados pelas escalas unidimensionais e multidimensionais da dor consideram existente a correspondência entre os estados conscientes subjetivos e estados objetivos – medidas da atividade cerebral e sinais comportamentais como pertencentes à mesma unidade funcional, refutando a tradição dualista clássica.Citas
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