Moldes contrários: o romantismo como modelo (negativo) para o naturalismo

Autores

  • Alan Victor Flor DA SILVA Universidade Federal do Pará
  • Germana Maria Araújo SALES

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v0i41.1953

Resumo

Modelos negativos são paradigmas com os quais não desejamos ser comparados, aos quais queremos nos contrapor ou dos quais esperamos ser diferentes. Considerando-se, portanto, esse conceito, a partir dos romances O Mulato (1881), de Aluísio de Azevedo, A Normalista (1893), de Adolfo Caminha, e Hortência (1888), de Marques de Carvalho, objetivamos, com este trabalho, demonstrar que os idealizadores do Naturalismo no Brasil atribuem ao Romantismo, ainda que de forma negativa, a função de modelo. Para tanto, este estudo terá como foco principal as personagens femininas Ana Rosa, Maria do Carmo e Hortência, pois essas mulheres da ficção naturalista apresentam um perfil acentuadamente romântico e, consequentemente, são estigmatizadas e recebem um final que não condiz com o qual desejam. Essa perspectiva de análise contrapõe-se à ideia de alguns historiadores da literatura brasileira, como Lúcia Miguel Pereira e Nelson Werneck Sodré, que afirmam que o Naturalismo, ainda que disfarçado com cenas realistas, permaneceu na essência romântico. PALAVRAS-CHAVE: Modelo negativo. Romance. Personagens femininas. Naturalismo. Romantismo.

Biografia do Autor

Alan Victor Flor DA SILVA, Universidade Federal do Pará

Aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação em Letras da UFPA. Atua na linha de pesquisa: Literatura: interpretação, circulação e recepção. 

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Publicado

2014-12-03

Edição

Seção

Artigos Científicos de Número Temático (Linguística)