Eça e machado: do realismo naturalista ao realismo carnavalizado

Autores

  • Sérgio SCHAEFER Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v0i41.1962

Resumo

Eça de Queirós, ao tomar o modelo realista-naturalista como referência para escrever seus dois romances – O crime do padre Amaro e O primo Basílio – tende a desfigurar a verdade moral dos fatos e, com isso, a enfraquecer a dimensão propriamente artística da obra literária e dos personagens. Machado de Assis, em Memórias póstumas de Brás Cubas, ao usar o recurso carnavalizante do “defunto autor”, recupera a figuração da verdade moral que deve estar presente na obra através das ações dos personagens e recobre o esqueleto realista de musculatura estética. Apesar das diferenças literárias entre os dois romancistas, é possível perceber que ambos contestam as aparências sociais. Por isso, é preciso reler com olhos críticos a crítica de Machado feita a Eça.   PALAVRAS-CHAVE: Realismo naturalista; realismo carnavalizado; figuração moral e artística; Eça de Queirós; Machado de Assis.

Biografia do Autor

Sérgio SCHAEFER, Universidade Federal do Pará

Professor Titular da Universidade de Santa Cruz do Sul. Atua no Mestrado em Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul. Doutor em Letras, UFRGS. 

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Publicado

2014-12-05

Edição

Seção

Artigos Científicos de Número Temático (Linguística)