Eça e machado: do realismo naturalista ao realismo carnavalizado
DOI:
https://doi.org/10.18542/moara.v0i41.1962Resumo
Eça de Queirós, ao tomar o modelo realista-naturalista como referência para escrever seus dois romances – O crime do padre Amaro e O primo Basílio – tende a desfigurar a verdade moral dos fatos e, com isso, a enfraquecer a dimensão propriamente artística da obra literária e dos personagens. Machado de Assis, em Memórias póstumas de Brás Cubas, ao usar o recurso carnavalizante do “defunto autor”, recupera a figuração da verdade moral que deve estar presente na obra através das ações dos personagens e recobre o esqueleto realista de musculatura estética. Apesar das diferenças literárias entre os dois romancistas, é possível perceber que ambos contestam as aparências sociais. Por isso, é preciso reler com olhos críticos a crítica de Machado feita a Eça. PALAVRAS-CHAVE: Realismo naturalista; realismo carnavalizado; figuração moral e artística; Eça de Queirós; Machado de Assis.Downloads
Publicado
2014-12-05
Edição
Seção
Artigos Científicos de Número Temático (Linguística)