Escrever sem palavras: a escrita ideogrâmica em Clarice Lispector

Autores

  • Marília Gabriela Malavolta Pinho Universidade Estadual Paulista / aluna

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v2i46.3834

Resumo

Propõe-se, com este artigo, que na crônica “Lembrança da feitura de um romance” (1970), Clarice Lispector procura igualar, como ideal de escrita, a palavra ao ideograma, o que faz não por meio de afirmação direta (como o fez na conferência “Literatura de vanguarda no Brasil”), mas por meio de explicações e imagens que aludem às operações do signo ideogrâmico. O método ideogrâmico de composição, tal como este foi explicado e laureado por Ernest Fenollosa e também, posteriormente, por Ezra Pound, contém os argumentos que sustentam tal proposição, ao lado da reunião de evidências do interesse e do conhecimento, por parte de Clarice, seja do ideograma, em si, seja de suas influências na poesia moderna, com o que a escritora teve marcante contato através do grupo intelectual do Professor Francisco Paulo Mendes, quando de sua estadia em Belém do Pará, em 1944. 

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Publicado

2017-03-01

Edição

Seção

Artigos Científicos de Número Temático (Linguística)