Aqui se faz política, ali só se dança: criação de fronteiras discursivas entre participantes da Parada LGBT de São Paulo na mídia jornalística brasileira

Autores

  • Victor Augusto Menezes Ribeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Poliana Coeli Costa Arantes Prof. Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0003-4880-5767

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v1i47.4213

Resumo

Desde sua criação, a Parada LGBT de São Paulo sofreu transformações significativas em sua organização, ganhando feições bastante próprias. Assemelhando-se em sua primeira edição ao que poderia ser compreendido como uma manifestação prototípica, com seu crescimento, sua atuação parece “carnavalizar-se progressivamente”, sugerindo modos diversos do fazer político. Essa organização tem impacto sobre sua recepção pela sociedade e pela mídia jornalística. Neste trabalho, através de teorias enunciativas – Análise do Discurso francesa e Semiolinguística –, investigamos como o discurso jornalístico “captura” o político, limitando-o a lugares delineados, criando fronteiras discursivas entre participantes. Tomamos como corpus um recorte quadrienal, de 1997 a 2013, em notícias da Folha de São Paulo sobre a manifestação, observando o tratamento dos indivíduos e grupos presentes (e ausentes) no evento. Os achados sugerem uma predominância de uma política territorializada, ainda que a malha discursiva permita linhas de fuga para outros modos de se fazer política na Parada.

Biografia do Autor

Poliana Coeli Costa Arantes, Prof. Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora adjunta de Língua e Literatura AlemãProfessora do Programa de Pós-Graduação em Letras (área: linguística) 

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Publicado

2017-11-23

Edição

Seção

Dossiê Práticas discursivas nos campos jurídico e/ou político