Estereótipos e subjetividade na argumentação em sentenças judiciais

Autores

  • Ana Lúcia Tinoco Cabral Professora Titular da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
  • Antonio Marcos Conceição Universidade Cruzeiro do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v1i47.4219

Resumo

As ações judiciais têm por função dirimir conflitos de interesse; cabe ao juiz determinar aquele que poderá ser considerado o detentor do direito, o que ele faz na sentença judicial. Ao longo do tempo, consolidou-se na sociedade a ideia de que os magistrados exercem seu papel de julgador de forma neutra e imparcial. O artigo põe em questão essa ideia e, visando a observar como o juiz marca suas crenças  ao proferir as sentenças, apresenta, a título de exemplificação, a análise de uma sentença judicial, na qual verifica a presença de estereótipos e como eles manifestam a subjetividade na argumentação desenvolvida para fundamentar as decisões finais e justificar a sentença proferida.  A base teórica para o desenvolvimento do texto constitui o estudo dos estereótipos (Amossy e Pierrot, [1997] 2007), aliado à questão da subjetividade da linguagem (Kerbrat-Orecchioni, [1980] 1997.

Biografia do Autor

Ana Lúcia Tinoco Cabral, Professora Titular da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)

Ana Lúcia Tinoco Cabral é Doutora em Língua Portuguesa Pela Pontifícia Universidade de São Paulo (2005). Realizou pesquisa de pós-doutoramento na EHESS (Paris-França). Atualmente é professora titular da Universidade Cruzeiro do Sul, no Mestrado em Linguística. Tem experiência na área de Linguística com ênfase em leitura e escrita. O quadro teórico que dá suporte às suas pesquisas insere-se área da Linguística Textual, na linha teórica da Semântica Argumentativa com os estudos da Linguística da Enunciação. Atua principalmente nos seguintes temas: linguagem argumentativa, interação verbal escrita, linguagem jurídica, polidez linguística e uso da linguagem em práticas educativas a distância.

Antonio Marcos Conceição, Universidade Cruzeiro do Sul

Mestrando em Linguística pela Universidade Cruzeiro do Sul

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Publicado

2017-11-23

Edição

Seção

Dossiê Práticas discursivas nos campos jurídico e/ou político