Amável formalidade: a religião em Machado de Assis
DOI:
https://doi.org/10.18542/moara.v2i48.4631Resumo
Este trabalho investiga a religião em Machado de Assis, tema insuficientemente estudado pela tradição crítica do autor, embora não de menor expressão. A Bíblia, fartamente utilizada pelo escritor, é utilizada não como fonte religiosa, mas literária, de fértil inspiração. A religião, como representada por Machado, não esconde a complexidade dos seres humanos; por isso o Diabo dela participa, como contraponto necessário ao papel divino. Personagens e peripécias numerosas indicam que a religião em geral e o catolicismo em particular sancionam a ordem vigente e funcionam como um sistema formal, exterior, de casca, sem conexão com as legítimas necessidades de transcendência. Nesse vácuo, manifestações marginais de religiosidade, não oficiais, ligadas a classes socialmente subalternas, ocupam espaço, apesar do preconceito de que são alvo.Downloads
Publicado
2018-04-24
Edição
Seção
Dossiê A literatura luso-brasileira no contexto global: atravessando fronteiras