Amável formalidade: a religião em Machado de Assis

Autores

  • Paulo Sérgio de Proença UNILAB-Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v2i48.4631

Resumo

Este trabalho investiga a religião em Machado de Assis, tema insuficientemente estudado pela tradição crítica do autor, embora não de menor expressão. A Bíblia, fartamente utilizada pelo escritor, é utilizada não como fonte religiosa, mas literária, de fértil inspiração. A religião, como representada por Machado, não esconde a complexidade dos seres humanos; por isso o Diabo dela participa, como contraponto necessário ao papel divino. Personagens e peripécias numerosas indicam que a religião em geral e o catolicismo em particular sancionam a ordem vigente e funcionam como um sistema formal, exterior, de casca, sem conexão com as legítimas necessidades de transcendência. Nesse vácuo, manifestações marginais de religiosidade, não oficiais, ligadas a classes socialmente subalternas, ocupam espaço, apesar do preconceito de que são alvo.

Biografia do Autor

Paulo Sérgio de Proença, UNILAB-Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Bacrharel em Letras, Mestre em Educação, Mestre em Ciencias da Religião, Doutor em Letras.Professor Adjunto da Unilab, Instituto de Humanidades e Letras.

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Publicado

2018-04-24

Edição

Seção

Dossiê A literatura luso-brasileira no contexto global: atravessando fronteiras