Das relações entre posse, localização e existência em Apurinã (Aruák)

Autores

  • Marília Fernanda Pereira de Freitas UFPA
  • Sidney da Silva Facundes UFPA

DOI:

https://doi.org/10.18542/moara.v1i50.6803

Resumo

Em Apurinã, língua Aruák falada ao longo de vários afluentes do rio Purus,sudoeste do Amazonas, as noções de posse, localização e existência podem ser expressas por uma mesma forma verbal. Em certas variedades da língua, o sufixo locativo pode expressar também posse em construções nominais. Essa característica de Apurinã, contudo, não é um caso isolado, uma vez que, em diferentes línguas, é recorrente a codificação linguística da posse estar relacionada à de localização e existência (cf.: HEINE, 1997, 2001; BARON; HERSLUND, 2001; STASSEN, 2009, entre outros). Neste artigo, buscaremos mostrar as relações conceituais e gramaticais entre esses três conceitos em Apurinã, focalizando a forma verbal awa, por meio da qual é possível verificar sincronicamente que a posse teve como domínio fonte a existência em construções verbais, dada a ocorrência de esquemas de eventos (HEINE, 1997, 2001) que revelam processos de gramaticalização operando na língua.

Biografia do Autor

Marília Fernanda Pereira de Freitas, UFPA

Doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal do Pará. Professora do Instituto de Letras eComunicação, Faculdade de Letras, na mesma instituição.

Sidney da Silva Facundes, UFPA

Doutor em Linguística pela University of New York at Buffalo. Professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará

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Publicado

2019-04-01

Edição

Seção

Artigos Científicos de Número Temático (Linguística)