Festa, religião e cidade: experiência e expertise

Autores/as

  • Léa Freitas Perez

DOI:

https://doi.org/10.18542/papersnaea.v28i1.7600

Resumen

Desde já me escuso de não ter power point para apresentar, do mesmo modo que não tenho facebook, nem twitter. Definitivamente não sou moderna e me recuso a ser contemporânea, no senso atribuído por Agamben. Ora bem, mas o que é ser contemporâneo? Aprendi com Agamben, e peço licença para uma citação longa, mas fundamental relativamente ao que quero pontuar: “Pertence verdadeiramente ao seu tempo, é verdadeiramente contemporâneo, aquele que não coincide perfeitamente com este, nem está adequado as suas pretensões e é, portanto, nesse sentido, inatual; mas, exatamente por isso, exatamente através desse deslocamento e desse anacronismo ele é capaz, mais do que os outros, de perceber e apreender o seu tempo. Essa não-coincidência, essa discronia, não significa, naturalmente, que contemporâneo seja aquele que vive num outro tempo, um nostálgico que se sente em casa mais na Atenas de Péricles, ou na Paris de Robespierre e do marquês de Sade do que na cidade e no tempo em que lhe foi dado viver. Um homem inteligente pode odiar o seu tempo, mas sabe, em todo caso, que lhe pertence irrevogavelmente. Sabe que não pode fugir ao seu tempo.

Publicado

2019-09-30

Número

Sección

CONFERÊNCIAS