Neste artigo objetivamosanalisar os marcos de referência na constituição de identidades sociais campesinas em uma região de fronteira agrícula, notadamente a partir de migração de famílias caponesas maaranheces para a atividade de coleta de castanha-do-Pará, no município de São Domingos do Araguaia, região do sudeste paraense. Os trabalhos nos castanhais,a luta pela posse, permanência e resistência nas terras livres, o trabalho no garimpo, as relações de subordinações/autonomia, a participação como mateiro na Guerrilha do Araguaia, a participação política na construção de delegacias sindicais, e , notadamente, como estes pertencimentos e relações, estas trjetórias, marcaram objetivamente e subjetivamente a memórias e as identidades sociais destes atores locais. Nesse sentido, percebe-se a identidade social e a própria memória dos grupos enquanto ferramenta de luta, de barganha, de regateio, de confrontação, tanto interna quanto externa, na reivindicação de direitos a eles associados, da Guerrilha do Araguaia, na década de 70.