O TESTEMUNHO EM O SOBREVIVENTE: MEMÓRIA DE UM INFANTE QUE ESCAPOU DE AUSCHWITZ
DOI:
https://doi.org/10.18542/rmi.v12i18.7649Resumo
Apresentamos neste texto uma análise da obra O Sobrevivente: memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz, publicado em 2000, numa parceria entre Aleksander Laks e Tova Sender. Trata do testemunho de Laks enquanto menino judeu-polonês, que experimentou na adolescência os traumas do cotidiano do campo de concentração de Auschwitz. A sobrevivência e sua relação de gratidão com o Brasil e sua identificação como brasileiro. Sua narrativa testemunha uma das maiores barbaridades sofridas por seu povo, durante a Shoah, na Segunda Guerra Mundial. Procuramos verificar de que forma a exceção e a vida nua se apresentam e dialogam na narrativa reverberando sua sobrevivência. O nazismo sem dúvida nos lembra a tortura e o sofrimento de um povo que foi penalizado, pois Auschwitz, não era apenas um campo de concentração, era também um campo de trabalho forçado, de humilhação, de sofrimento e de extermínio. Nessa perspectiva utilizaremos como chave de leitura as ideias de Giorgio Agamben baseado no estado de Exceção e na vida nua, conceitos estes considerados importantes para a compreensão e reflexão de um período em que os direitos fundamentais foram suspensos e a sua memória será sempre um desafio, principalmente quando se trata dos infantes.Downloads
Publicado
2019-10-04
Edição
Seção
Dossiê Infância e Exceção