INFÂNCIA E POBREZA: AS CRIANÇAS AO CUIDADO DO CINEMA

Autores

  • Susana Guerra Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.18542/rmi.v12i18.7650

Resumo

O preconceito em relação à pobreza, e especialmente em relação à pobreza infantil, construído com base em pesados estereótipos de classe, carrega uma série de imagens e representações negativas associadas. Demasiadas vezes associada à errância e à delinquência, a infância pobre é vista como uma ameaça à sociedade, e configura um objeto incômodo sobre o qual se tem dificuldade em olhar, porque dá visibilidade a um lado perturbador da nossa realidade social. O presente trabalho propõe que nos detenhamos sobre o modo como a infância em estado de exceção foi representada pelo cinema. A partir de Os Esquecidos, de Luis Buñuel e Os Incompreendidos, de François Truffaut, tentaremos entender como a pobreza infantil nos é dada a ver, ao mesmo tempo que questionamos o papel do cinema no exercício da resistência contra o fenômeno da invisibilidade da pobreza, bem como o alcance e os limites da nossa reação às imagens que projeta.

Biografia do Autor

Susana Guerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Doutora em História pela Universidade do Porto. Professora de História da África do Departamento de História da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Publicado

2019-10-04

Edição

Seção

Dossiê Infância e Exceção