“A CASA DE FARINHA É A MINHA MORADA”: TRANSFORMAÇÕES E PERMANÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE FARINHA EM UMA COMUNIDADE RURAL NA REGIÃO DO BAIXO TOCANTINS-PA

Autores/as

  • Anny da Silva Linhares Mestranda de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável (PPGAA/NCADR/UFPA)
  • Clarissa Vieira dos Santos Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF)

DOI:

https://doi.org/10.18542/raf.v0i10.4430

Resumen

Este artigo objetiva analisar as principais transformações ocorridas no processo produtivoda farinha. Pretende também apontar as permanências no que se refere à compreensãoda casa de farinha enquanto espaço de sociabilização. E assim traçar uma análise a respeito decomo as transformações ocorridas no processo de beneficiamento da mandioca têm influenciadona dinâmica social deste espaço ao longo do tempo, através da memória dos atores locaisque protagonizam, constroem e reconstroem o sabe-fazer-farinha diariamente na comunidadede Baratinha, localizada no município de Mocajuba-PA. A metodologia abrangeu a observaçãoparticipante, entrevistas semiestruturadas, fotos etnográficas das casas de farinha e daspráticas de beneficiamento, envolvendo efetivamente quatro famílias e a participação diretaem suas atividades produtivas. Como resultado, identificou-se que apesar das transformações(instrumentais e práticas) revelarem importante progresso na produção, houve mudançasrelacionadas à organização do trabalho, diminuição dos mutirões, interesse dos jovens e damanifestação cultural do Samba do Cacete. Todavia, a casa de farinha permanece sendo umamorada que abriga a família, parentes e vizinhos na produção e reprodução de uma cultura.

Biografía del autor/a

Anny da Silva Linhares, Mestranda de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável (PPGAA/NCADR/UFPA)

Turismóloga pela Universidade Federal do Pará. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em AgriculturasAmazônicas (PPGAA/UFPA). Especialista em Extensão Rural, Sistemas Agrários e Ações deDesenvolvimento pelo Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural (NCARD/UFPA). Atuandona linha de pesquisa: Mudança social, atores do desenvolvimento e dinâmica da organização noespaço rural.

Clarissa Vieira dos Santos, Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF)

Geógrafa pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre em Agricultura familiar e desenvolvimentosustentável pelo Núcleo de ciências Agrárias (NCADR/UFPA). Membro do Grupo de Estudossobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF), pelo programa Agricultura Familiar e DesenvolvimentoAgroambiental na Amazônia, atuando na linha de pesquisa Ação Pública, Sociedade eTerritório.

Publicado

2014-12-01