“A CASA DE FARINHA É A MINHA MORADA”: TRANSFORMAÇÕES E PERMANÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE FARINHA EM UMA COMUNIDADE RURAL NA REGIÃO DO BAIXO TOCANTINS-PA
DOI :
https://doi.org/10.18542/raf.v0i10.4430Résumé
Este artigo objetiva analisar as principais transformações ocorridas no processo produtivoda farinha. Pretende também apontar as permanências no que se refere à compreensãoda casa de farinha enquanto espaço de sociabilização. E assim traçar uma análise a respeito decomo as transformações ocorridas no processo de beneficiamento da mandioca têm influenciadona dinâmica social deste espaço ao longo do tempo, através da memória dos atores locaisque protagonizam, constroem e reconstroem o sabe-fazer-farinha diariamente na comunidadede Baratinha, localizada no município de Mocajuba-PA. A metodologia abrangeu a observaçãoparticipante, entrevistas semiestruturadas, fotos etnográficas das casas de farinha e daspráticas de beneficiamento, envolvendo efetivamente quatro famílias e a participação diretaem suas atividades produtivas. Como resultado, identificou-se que apesar das transformações(instrumentais e práticas) revelarem importante progresso na produção, houve mudançasrelacionadas à organização do trabalho, diminuição dos mutirões, interesse dos jovens e damanifestação cultural do Samba do Cacete. Todavia, a casa de farinha permanece sendo umamorada que abriga a família, parentes e vizinhos na produção e reprodução de uma cultura.Téléchargements
Publié-e
2014-12-01
Numéro
Rubrique
Artigos