Reflexões sobre as especificidades mbyá-guarani nos processos de identificação de terras indígenas a partir dos casos de Itapuã, Morro do Coco e Ponta da Formiga, Brasil

Autores

  • Sergio Baptista da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Mártin César Tempass Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais – NIT Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Carolina Schneider Comandulli Programa de Doutorado em Antropologia Social Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.18542/amazonica.v2i1.348

Resumo

Os Mbyá-Guarani têm como característica cultural uma constante mobilidade. Este “caminhar”, praticado desde tempos imemoriais, se desenvolve sobre uma vasta área geográfica, reconhecida como o mundo mbyá-guarani, que abarca parcelas consideráveis dos territórios brasileiro, argentino, paraguaio e uruguaio. Sob a ótica externa, esta constante mobilidade, cruzando fronteiras internacionais, apresenta uma série de inadequações frente à legislação para o reconhecimento de terras indígenas. O presente artigo discute as incongruências entre a legislação e as especificidades culturais mbyá-guarani na implementação dos direitos originários. Para tanto, são utilizados os estudos etnológicos desenvolvidos por alguns membros do Grupo Técnico constituído pela FUNAI, responsável pela identificação e delimitação das Terras Indígenas de Itapuã, Morro do Coco e Ponta da Formiga, localizadas na região metropolitana de Porto Alegre (RS-Brasil). Busca-se, também, pontuar como os deslocamentos mbyá-guarani são prejudicados pela existência de fronteiras internacionais e pela falta de diálogo entre os órgãos indigenistas dos diferentes países.Palavras-chave: mobilidade, terras indígenas, mbyá-guarani.

Biografia do Autor

Sergio Baptista da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Programa de Pós-Graduação em Antropologia SocialUniversidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

Mártin César Tempass, Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais – NIT Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais – NIT Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Carolina Schneider Comandulli, Programa de Doutorado em Antropologia Social Universidade Estadual de Campinas

Programa de Doutorado em Antropologia Social Universidade Estadual de Campinas

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Publicado

2010-07-24

Edição

Seção

Artigos Originais