É possível pensar os direitos humanos em chave descolonial? A trajetória de seureconhecimento é universal, universalizável ou oculta outras trajetórias de lutas?Neste sentido, pensam-se seis pontos para repensar a questão: a) as distintasmodernidades europeias, incluindo o período ibérico; b) o processo revolucionário,para além das revoltas burguesas, incluindo outras insurreições antissistêmicas;c)a infl uência da diáspora africana e da escravidão para repensar o sofrimentohumano ocultado; d) a segunda onda de descolonização dos países, em especialafricanos e asiáticos, que põe na agenda internacional a luta pela independênciae a reconfi guração de outras tradições não europeias; e) a utilização de novastécnicas, como literatura, cinema e artes visuais, abrindo campo para experimentação de visões alargadas de direitos humanos; f) a antropologia dos sentidos, de tal forma que os cinco sentidos sejam utilizados para dar novos sentidos à temática de direitos humanos. Palavras-chave: Descolonização – Modernidades – Eurocentrismo – Diáspora Africana – Antropologia dos Sentidos.
Biografia do Autor
César Augusto Baldi
Mestre em Direito (ULBRA/RS), doutorando Universidad Pablo Olavide (Espanha), servidor do TRF-4ª Região desde1989,é organizador do livro “Direitos humanos na sociedade cosmopolita” (Ed. Renovar, 2004).