Um estudo da cartilha Víhikaxopovope Yúhoikopea Ûti Vemó’u: Identidade e discurso do povo Terena
DOI:
https://doi.org/10.18542/moara.v0i42.2061Resumo
De uma perspectiva discursivo-desconstrutivista, com base nos estudos de Derrida e Foucault, temos por objetivo problematizar como a produção das identidades dos povos indígenas emerge na escritura de uma cartilha para falantes Terena, publicada em 1972 e usada, até hoje, como suporte prático no trabalho didático-pedagógico, especialmente por indígenas da região de Aquidauana e Miranda (MS). No exame do processo identitário instaurado nos textos da cartilha, analisamos as marcas linguísticas de exclusão presentes nessa escritura. Sustenta, ainda, nossa reflexão, sob a ótica da transdisciplinaridade (CORACINI, 2007), a ideia de transculturação como um processo capaz de gerar uma diversidade de elementos culturais híbridos, resultados da mescla conflituosa ou pacífica de duas ou mais culturas (MIGNOLO, 2003). Nesse contexto discursivo de poder histórico, globalizado, o discurso da cartilha contribui para as relações de saber/poder dos povos indígenas, impondo-lhes ";novas identidades";, como branco, forçando-os a uma construção identitária considerada fluida e múltipla. Palavras-Chave: Povos indígenas. Material didático. Identidades. Pluralidade cultural.Downloads
Publicado
2015-02-12
Edição
Seção
Artigos Científicos de Número Temático (Linguística)