O corpo e a voz, a língua e a cidade: carne e pedra na constituição das subjetividades do tempo presente
DOI:
https://doi.org/10.18542/moara.v1i43.2630Resumen
O presente artigo objetiva refletir sobre as subjetividades contemporâneas que se dão a ver na/pela mídia e na/pela cidade no que tange ao controle das representações do corpo e dos usos da língua. À luz dos postulados de Michel Foucault, principalmente àqueles que concernem sobre as condições históricas de possibilidades pelas quais passaram as sociedades de soberania para as disciplinares e, por últimas, as sociedades de controle, incidiremos nossa discussão sobre o funcionamento e a circulação midiática de discursos do “bem falar” e do bem escrever; discursos sobre a beleza, boa forma e bem-estar, aos quais relacionaremos com as práticas e os discursos urbanísticos que produzem também suas formas de controle, a fim de delinear um esboço do movimento de gestão social que descarta e agrega, privilegia e segrega, quando se trata de língua, de corpo e de cidade. Articularemos ainda às nossas discussões algumas passagens do texto “Delimitações, inversões, deslocamentos”, de Michel Pêcheux, que abordam algumas questões sobre a injunção entre o ver e o dizer e a forma como se aliam os projetos urbanos e as políticas linguísticas de algumas sociedades. Assim, as três dimensões tratadas neste trabalho – corpo, língua e espaço – são tomadas como materialidade simbólica para entender a própria constituição “humana” do homem, da sua subjetividade e de sua cidadania. Palavras-chave: Língua; Discurso; Corpo; Cidade.Descargas
Publicado
2016-03-21
Número
Sección
Dossiê A literatura luso-brasileira no contexto global: atravessando fronteiras